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Dentro da ambulância, sentindo que seria um dos meus últimos momentos com meu avô, eu não deixava de admirar a beleza do azul vivo dos seus olhos. Ele percebeu que eu o encarava; piscou lentamente e lançou um breve sorriso. Ele me pedia perdão com os olhos, mesmo eu não guardando nada de rancor dentro de mim. A gente tinha o nosso jeito de se relacionar; talvez por sermos pessoas muito parecidas, um implicava com o outro, mas não faltava amor.
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