Escrever é como preparar uma comida
Primeiro, aquela ideia fica de molho.
Às vezes, menos de um minuto, e em outras, dias.
Na despensa, há várias palavras ao seu dispor. Elas são mais do que simples ingredientes; são temperos. No caso, você vai precisar apenas de algumas, pois não dá para usar tudo de uma vez.
Você faz uma mistura, e mesmo usando as mesmas palavras, elas nunca formarão o mesmo texto, pois dependem da sua mão e do seu humor.
Cada prato, um sabor e a cada texto, uma nova magia.
Nem sempre, a mistura dá certo, então é preciso mexer, colocar mais pimenta ou mais açúcar, até chegar no ponto que te satisfaz.
Depois vem a hora do corte, e há muitos, de todos os lados. Tira o sal, desfia as ideias, destrincha a confusão.
Aí vem a hora de servir para si ou para os outros.
Tem gente que não tem paladar e não vai reconhecer tempero, suor, nenhum esforço. Mas tem gente que vai saborear seu texto, degustando cada palavra. Os elogios, é claro, são satisfatórios, mas mesmo sem eles, o texto que você escreve é o seu alimento e sem ele você não pode sobreviver.
Degustei cada palavra dessa deliciosa crônica!